AQUIFOLIACEAE

Ilex paraguariensis A.St.-Hil.

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Ilex paraguariensis (AQUIFOLIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.389.355,331 Km2

AOO:

1.112,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Não é endêmica do Brasil, ocorrendo nas florestas subtropicais e temperadas da América do Sul. Ocorre no país nas regiões Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Groppo, 2012). Extensão de ocorrência de 1.915.465,42 km², desconsiderando sua ocorrência pouco documentada na Amazônia.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie arbórea de pequeno porte com ampla distribuição na Mata Atlântica da América do Sul, com intenso uso no preparo de bebidas tônicas (chás) e outras aplicações, como medicinal e cosmético. Historicamente coletada por índios, hoje seu uso habitual tem escala industrial, porém é muito cultivada e a pressão de coleta de folhas não levou a redução drástica da população natural, devido também a boa capacidade de regeneração. Embora não esteja ameaçada, é uma espécie dependente de medidas de conservação que assegurem a preservação da população natural, as boas práticas de manejo e o melhoramento genético. Trata-se de uma espécie modelo em que a pressão de uso não se configura uma ameaça e sim em oportunidade de aliar desenvolvimento com atividades sustentáveis.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nomes populares: "mate", "erva-mate", "ouro-verde", "chá-verde".

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Ainda ocorre o extrativismo, mas a espécie é cultivada. Alguns produtores coletam Ilex paraguariensis fazendo o manejo da população, o que contribui para a conservação da espécie. O uso como medicinal e em cosméticos está em expansão. O consumo da erva-mate é elevado, tendendo a crescer. A continuidade dos estudos químicos verificará o uso adequado da espécie como fitoterápico (Dickel et al., 2011).Alimentício, principalmente na produção de erva-mate, fresca ou torrada. Propriedades medicinais.

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Uma subpopulação natural, livre de extrativismo, apresentou densidade de 52 indivíduos por hectare (Valente et al., 2011).

Ecologia:

Biomas: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa e mista (Groppo, 2009).
Detalhes: Árvore de pequeno porte, de fuste curto e copa densa, perenifólia, de até 15 metros de altura. Espécie constituinte da floresta clímax do planalto, geralmente associada à araucária, a erva-mate muitas vezes cresce em densos agrupamentos, sugerindo manejo por índios. É importante frutífera para a avifauna, como sabiás e pombas. A espécie propaga-se naturalmente dentro da floresta, em clareiras. O cultivo é bastante complexo, desde a germinação até 120 dias e plantio entre 10 e 11 meses (Dickel et al., 2011).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.2.1 International level on going
Considerada "Quase ameaçada" (NT) em avaliação feita pela WCMC em 1998 (IUCN, 2011).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
Cultivada em todo o Brasil. Uso popular medicinal, internamente, como estimulante, estomáquica, tônica, diurética, antiúlcera e sudorífica. A ação medicinal é exercida por taninos e alcaloides como metilxantinas, teobromina, teofilina e cafeína (até 2,2%) (Dickel et al., 2011).